O comandante distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Guarda, o intendente Salvado Lopes, defendeu hoje a necessidade de aquela estrutura policial ocupar "instalações adequadas" à sua missão. No discurso proferido na cerimónia do 128.º aniversário do comando distrital, o responsável afirmou que a PSP necessita de "instalações adequadas", já que ocupa atualmente cinco locais "sem espaços adequados" e sem a necessária funcionalidade.
Salvado Lopes considerou tratar-se da "maior e mais antiga ambição" da PSP da cidade mais alta do país, por as atuais instalações não estarem "em consonância com as exigências policiais que são feitas a um comando, nem com a qualidade e dignidade de que se deve revestir um serviço público desta natureza". As atuais instalações, por estarem dispersas, apresentam custos financeiros e logísticos "acrescidos" e "com prejuízo da capacidade operacional", apontou. O assunto também foi abordado pelo presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente, ao afirmar que é altura de o Governo resolver, ao mesmo tempo, o problema das instalações da PSP e também da GNR local. No final da cerimónia, em declarações aos jornalistas, o diretor nacional da PSP, Paulo Gomes, informou que aquela força policial irá ocupar "logo que possível" os espaços que pertenciam ao Governo Civil da Guarda, situação que melhorará o funcionamento dos serviços. Quanto à construção de novas instalações, indicou que a direção nacional está a trabalhar com as autarquias no sentido de utilizar fundos comunitários para "uma renovação importante do parque imobiliário da PSP" a nível nacional. Esse trabalho está a ser preparado e planeado "em conjunto com diversas autarquias do continente e regiões autónomas", disse. O comandante distrital da PSP, Salvado Lopes, também aproveitou a presença de Paulo Gomes para pedir mais efetivos para o serviço, que tem um quadro de 220 elementos mas apenas possui 142.
O diretor nacional lembrou que a PSP iniciou recentemente um curso de formação de 300 agentes "que sairão em meados do ano que vem" e, nessa altura, serão distribuídos de forma equitativa "pelos comandos que estão mais necessitados", como é o caso da Guarda. Paulo Gomes também se reuniu com os agentes da PSP que prestam serviço no Comando Distrital da Guarda, a quem transmitiu uma mensagem de "esperança". Os polícias "precisam de ter uma mensagem de esperança de que têm a direção nacional do seu lado", para continuarem "a fazer tudo para que se preserve e reforce, se possível, a dignificação das suas condições de trabalho, dos meios à sua disposição", para aumentar "o reconhecimento público da sua autoridade", declarou.
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